quarta-feira, 8 de junho de 2011

Roteiro de estudo de Linguagens Especiais ( revisão para prova mês de maio)

Data: 10 de maio de 2011
Curso: Pedagogia Terceiro período A
Disciplina: Linguagens especiais
Professora Karem Fonseca
Aluna: Ariádne Cardoso Bourguignon da Silva
Estudo dirigido

1. Responda:
a) Por que TA deve ser entendida como “ recurso do usuário” e não como “ recurso do profissional”?
Resposta: Pelo fato de que ela serve á pessoa com deficiência que necessita desempenhar funções do cotidiano, ou seja melhora a funcionalidade e dá autonomia para a pessoa portadora da deficiência ou com mobilidade reduzida.
b) Como atuará o serviço de TA e como deve ser esse processo?
Resposta: O serviço de TA atuará realizando a avaliação, prescrição e ensino da utilização de um recurso apropriado. Todo este processo deverá envolver diretamente o usuário e terá como base o conhecimento de seu contexto, a valorização de suas intenções e necessidades funcionais pessoais, bem como suas habilidades atuais. A equipe de profissionais contribuirá com o conhecimento sobre os recursos de TA disponíveis e indicados para cada caso, ou desenvolverá um novo projeto que possa atender uma necessidade particular do usuário em questão.
c) Qual o critério adotado para a aplicação/ utilização de uma dada terminologia. Qual a mais utilizada no meio acadêmico?
d) Qual a terminologia usada pelo Decreto 3.298/99 e 5.296/04 para se referir a TA?
Resposta: ajudas técnicas
e) Como a SEESP/MEC propõe que sejam as Salas de Recursos Multifuncionais?
Resposta: que sejam espaços para o serviço de tecnologia assistiva, voltado à inclusão dos alunos com deficiência na escola comum
f) O que temos no Brasil, como forma legal de assistência e incentivo a TA? Resposta: Decretos 3.298/99 e o decreto 5.296/04
g) Quais TA são concedidas pelo SUS?
Resposta: cadeiras de rodas, órteses, próteses, aparelhos auditivos, palmilhas e vários outros. Concede tecnologia assistiva e trabalha com tabela pré- fixada.
h) Qual a diferença do SUS e do INSS para a questão de conceder Tecnologias Assistivas?
Resposta: SUS trabalha com tabela pré- fixada de equipamentos( ajudas técnicas), isto quer dizer que ele não poderá fornecer o que está previsto em sua tabela, ele aqui restringe. O INSS não possui restrição nenhuma sobre o tipo de recurso a ser fornecido porem a única observação é que o equipamento deve ter por objetivo capacitar o indivíduo para o trabalho.
i) Como esta a questão de recursos em TA para o atendimento dos alunos com deficiência?
j) Em 2007 o governo Federal lançou o Programa Agenda Social. Qual o objetivo e metas desse programa?
Resposta: apresentar ações prioritárias para equiparação de oportunidades e promoção da inclusão social das pessoas com deficiência. Na agenda social consta: ações sobre a concessão de órteses e próteses, habitação acessível, transporte , escola e entorno acessíveis e inserção no mercado de trabalho.
k) O que é “ desenho universal’?
Resposta: Segundo Lima, 2007 , concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade.
l) Segundo o Decreto 3298/99 o que são ajudas técnicas?
Resposta: elementos que permitem compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão social.
m) O que o Decreto 5296/04 considera como ajuda técnica?
Resposta: Consideram-se ajudas técnicas os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida.

Resenha crítica do livro de Marcos Bagno - “ Pesquisa na escola, o que é, como se faz”

O livro é super interessante, é como se fosse um manual para nos guiar, nos orientar de como se faz a pesquisa. A linguagem é clara, de fácil entendimento, no início quando a gente olha pensa nossa são muitas páginas, mas quando a gente começa a ler, a gente lê rapidinho, pois a leitura é gostosa.
Bagno incentiva a pesquisa, e é isso que nós devemos fazer, incentivar a pesquisa para com os nossos alunos. O autor também dá algumas dicas de como pesquisar, usando alguns recursos de tirar cópia do texto, para não estragar o livro ao invés de rabisca-lo, usar de referências atualizadas.
Uma colocação geniosa do autor “Ensinar a aprender, orientar, esse é o papel do professor segundo Bagno, “ ensinar a aprender mostrar os caminhos, mas também orientar o aluno para que desenvolva um olhar crítico, que lhe permita desviar-se das “ bombas “ e reconhecer, em meio ao labirinto, as trilhas que conduzem as verdadeiras fontes de informação e conhecimento.” Ainda segundo o autor os professores estão desorientados, nós temos que despertar o interesse de nossos alunos. O ato de ensinar a aprender deve ser divertido. Essa frase infelizmente condiz com a nossa realidade educacional.
Uma parte que gostei foi que ele fez propaganda da Enciclopédia Britânica, da TV Cultura ( SP), da Superinteressante, do Discovery Channel entre outros. Ele nos deu aqui uma orientação entre aspas das melhores fontes de pesquisa.
Outro item interessante é quando Bagno consegue expressar a dificuldade que é ensinar a Lingua Portuguesa, e dá como exemplo o uso da crase, que muitos de nós professores usamos de macetes, pois sabemos que ainda hoje o português é um bicho de sete cabeças como diz Bagno, ainda é um fantasma, porque estamos sempre decorando regras e mais regras.
Bagno foi perspicaz quando disse que tem que diminuir a distância entre escola, comunidade, pois acredito que é necessária uma interação, para haver equilíbro.
Outra informação relevante para nosso conhecimento tirada do livro que me chamou muita atenão:: “ São estatísticas publicadas pela ONU, pela UNESCO, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, e que só vem comprovar uma triste realidade: no Brasil, desde 1500, o poder sempre existiu para apoiar e favorecer as classes privilegiadas . O Estado brasileiro é refém da minoria rica, que dá as cartas em todos as áreas sociais importantes. Aqui temos uma ínfima parcela que vive em padrões melhores que os do Primeiro Mundo, enquanto uma imensa maioria sofre miséria pior que a de alguns dos países mais pobres do planeta. Estudando a história do nosso poder legislativo vemos com dificuldade que sempre houve e ainda há para se arrancar dele uma lei que facilite a vida das amplas camadas desfavorecidas da população. Fica bem mais fácil entender, assim, a situação da escola pública brasileira, entregue à mesma sorte infeliz de outros serviços fundamentais que é dever do Estado oferecer a seus cidadãos, de quem ele cobra tanto e a quem oferece tão pouco”

Finalizando o autor cita a mitologia de Procusto que representa a intolerância do homem em relação ao seu semelhante. O mito já foi bastante usado como metáfora para criticar tentativas de imposição de um padrão em váras áreas do conhecimento, como na economia, política, história, na ciência , na administração e principalmente na área educacional. Na mitologia grega, um gigante chamado Procusto convidava pessoas para passarem a noite em sua cama de ferro. Mas havia uma armadilha nesta hospitalidade: ele insistia que os visitantes coubessem, com perfeição, na cama. Se eram muito baixos, ele os esticava; se eram altos, cortava suas pernas. Concordo , nós como pedagogos não podemos ser intolerantes, temos que respeitar o próximo.

Recomendo a todos a leitura desse livro que me abriu os olhos e acrescentou algo a mais na minha vida.

sábado, 19 de março de 2011

Dicas de livros na aérea educacional

1.GADOTTI, Moacir & ROMÃO, José E. Autonomia da Escola – Princípios e Propostas. São Paulo: Cortez, 1977.
GADOTTI, Moacir. Escola cidadã. Ed. Cortez: 4.ed. São Paulo, Coleções da nossa época,1992.

2.PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e realização. 7. ed. São Paulo: Libertad, 2004

3.RIBEIRO, D. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Centro Gráfico do Senado Federal, 1996. Carta 1/16.

4.SAVIANY, Dermeval.Escola e Democracia.Ed. Cortez:4.ed. Coleção Polêmicas do nosso tempo

5.SANTIAGO, Ana Rosa F. Projeto político-pedagogico da escola: desafio à organização dos educadores. In: VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. In: Campinas: Papirus, 1995.

6.SILVA, Jair Militão da. A Autonomia da Escola Pública: A re- humanização da escola, Campinas, SP, Ed. Papirus, 1996.

7.VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002.

8.VEIGA,Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico: novas trilhas para a escola. In: VEIGA, I.P.A.; FONSECA, M. (Org.). Dimensões do projeto político-pedagógico: novos desafios para a escola. Campinas: Papirus, 2001.
VEIGO, Rezende. Escola: espaço do projeto politico pedagógico. Campinas: Papirus, 1988

9.FREIRE, P. (1983): Pedagogia do oprimido, 13ª ed. Rio de janeiro: paz e terra.
GANDIN, D; Gandin, A. L. Temas para um projeto político-pedagógico. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

10.GONSALVES, E. P. Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. São Paulo: Alínea, 2001.

11.LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J.F de;TOSCHI. Educação escolar: política, estrutura e organização. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

12.Veiga, I. P.A (org.). Projeto político-pedagógico da escola: Uma construção possível. – Campinas, SP: Papirus, 1995.

13.LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 9.394/1996. Promulgada em 20/12/1996. Editora do Brasil S/A.

14.VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectiva para Reflexão em Torno do Projeto Político-Pedagógico. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves (Orgs.). Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. Campinas: Papirus, 2006

15.GADOTTI, Moacir & ROMÃO, José E. Autonomia da Escola – Princípios e
Propostas. São Paulo: Cortez, 1977.

Artigo Científico - Meu e de Roselilian Barbosa parte I

Estudo na Faculdades Pitágoras , unidade Guarapari, os professores pediram que fosse feito um artigo científico para ser entregue na segunda semana do mês de abril deste ano corrente 2011.

Eu e Roselilian Barbosa escolhemos o tema: Projeto Político Pedagógico: realidade ou utopia nas escolas de ensino fundamental no bairro de Perocão/ Guarapari/ ES.

Sujeito: Gestão escolar
Objeto: Projeto Político Pedagógico
Problema/ hipotese: Qual a importância do Projeto Político Pedagógico nas escolas de ensino fundamental?
Objetivo geral: Identificar a aplicabilidade nas escolas.
Objetivos Específicos: Saber se as escolas conhecem a importância do Projeto Político Pedagógico/ Identificar se a equipe pedagógica conhece o PPP de sua escola
Procedimentos Metodológicos: Levantamento bibliográfico e pesquisa de campo com aplicação de questionário e levantamento de dados.

MODELO DE PROJETO DE PESQUISA

NOME DA FACULDADE
NOME DO CURSO



Titulo e Sub Título do Trabalho


Nome(s) do(s) Autor(es)

Nome do Orientador


Cidade
Ano
NOME DA FACULDADE
NOME DO CURSO



Titulo do trabalho




Nomes dos alunos/autores


Cidade
Ano
SUMÁRIO

Introdução ................................... 3
Justificativa ................................. 4
Objetivos .....................................5
Revisão Bibliográfica ................. 6
Metodologia ............................... 7
Cronograma .............................. 10
Referência ................................. 11
Anexos ...................................... 12



1.Introdução

(Conter: descrição do tema geral, a delimitação do tema geral, o problema encontrado dentro do tema que será o produto final da pesquisa)


2.Justificativa

(Conter as razões que motivaram a escolha do tema assinalando a importância do tema escolhido)


3.Objetivos

(Objetivo Geral - que define explicitamente o propósito do estudo)
Objetivos específicos (caracterizam etapas ou fases do projeto, sendo assim, um detalhamento do objetivo geral, portanto, o conjunto de objetivos específicos nunca deve ultrapassar a abrangência proposta no objetivo geral). Os verbos deverão estar todos no infinitivo.

4.Revisão Bibliográfica

(Conter a descrição do pensamento – a idéia central dos autores que tratam do tema escolhido. Breve relato histórico do tema que está sendo estudado e definições de alguns termos essenciais para compreensão do tema abordado)

5.Metodologia

(Conter o tipo de pesquisa que norteia o trabalho. Os métodos que serão empregados na pesquisa. As técnicas que serão utilizadas. Procedimento detalhado Incluindo riscos e benefícios da pesquisa; Critérios de inclusão e exclusão; Coleta de dados; Descrever as características da população a estudar. Apresentar e justificar a amostra. Descrever a razões e justificar a utilização de grupos vulneráveis. Critérios para suspender ou encerrar o estudo. Sigilo, privacidade e confidencialidade dos dados coletados. Resultados esperados. Análise dos dados). 6.Cronograma

(É obrigatório constar no cronograma o mês e o ano em que cada atividade será realizada, principalmente o Período de encaminhamento ao CEP e Período para coleta de dados. A coleta de dados só poderá ser iniciada após parecer favorável do CEP. Seguir modelo do CEP-HRA.).



7.Referências

(Citar de acordo com as normas e o livro de metodologia adotado – listagem dos livros, artigos de revista e jornais ou textos captados na internet).


Anexo I

(Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE em linguagem clara, acessível e objetiva. Ver modelo site www.hra.famema.br)


Anexo II

(Instrumento ou roteiro para coleta de dados relativos à pesquisa sob o titulo “...................”. Adicionar o questionário ou qualquer outro instrumento a ser utilizado para a coleta de dados para a pesquisa)



Observação: Enviar cópia impressa em espiral

Momento da representação na Psicomotricidade

Faculdades Pitágoras Guarapari
Terceiro periodo de Pedagogia
Disciplina: Corporeidade e Ludicidade
Professora: Kenia

O momento agora é que privilegia a expressão através da plástica, do desenho, da modelagem, da construção, da palavra verbal e ou escrita. Tais atividades podem ser realizadas individualmente, em pequeno grupo ou até mesmo coletivamente. É por meio das construções, desenhos, modelagens, elaboração de textos e diálogos que se favorecem as representações mentais e estas são resultado de toda a mobilização do imaginário que se produziu através do trabalho anterior por via do corpo e das emoções. A criança, ao desenhar, construir e escrever, fica tão envolvida no que está fazendo que projeta algo de si mesma na representação. Os objetivos propostos nesse momento de sessão dentre outros o de favorecer o acesso ao pensamento operatório e fazer com que a criança passe da vivencia emocional á representação cognitiva ( verbal, plástica, escrita...) Os objetivos que alcançaremos mediante a manipulação, a experimentação e a conceitualização são o de levar a criança ao jogo das regras, à socialização e á aquisição do pensamento operatório. É muito importante que a criança possa colocar em palavras as emoções e as experiências vividas para poder falar de seus sentimentos e faze-los seus. Para que isso se torne possível, a criança tem que reconhece-los, e ae vem a importância do papel do psicomotricista. O momento da representação é muito importante também devido às possibilidades que a linguagem nos dá para nos interessarmos por aspectos da vida afetiva da criança e obtermos assim dados que complementem algo sobre eles.. O tempo da sessão de psicomotricidade varia de acordo com a idade, a dinâmica e as características do grupo, o desenvolvimento da sessão e o momento do curso escolar. O tempo total pode ser dividido em 05 momentos ( inicial ou ritual de entrada, para a expressividade motora, narração ou explicação da história, para representação plástica, gráfica e verbal e o momento final ou ritual de saída)
Possibilidade ou não de guardar os materiais?? Guardar sem sombra de dúvida pois temos que levar em consideração que a visão de ordem, com os materiais guardados fará com que a criança se centre nos momentos de finalização.
Como pudemos observar a brincadeira( atividade lúdica) é a ponte que possibilita ás crianças a ligação do real com o imaginário, ampliando e aproximando o seu contato com o ambiente. Ao brincar, as crianças aprendem e ainda conseguem se apropriar de situações da vida cotidiana, criando, recriando, reinventando e transformando a realidade. O brincar é mais do que uma distração, é uma linguagem na qual a criança revela uma forma de pensamento, e é por meio da brincadeira que a criança situa-se no espaço em que vive, é por meio também desta que a criança constrói a ideia de si e do outro, experimenta, fala, age, interpreta, interage, enfim desenvolve habilidades essenciais para uma melhor compreensão do mundo.

assunto: aquisição da linguagem pela criança surda - disciplina: Linguagens Especiais

Acessibilidade: Significa não apenas permitir que pessoas com deficiências participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população
A Acessibilidade é:
Uma necessidade cada vez maior das pessoas com deficiências;
- Uma estratégia de negócio, pois amplia consideravelmente o público alvo;
- Uma questão de justiça social;
- Sintonia com políticas públicas;
- Uma adequação às nossas leis;
- Uma adequação às diretrizes internacionais.
Aquisição de Linguagem
 Aprender uma língua não é apenas uma questão de gravar palavras e frases individuais;
 De acordo com o professor de Harvard e lingüista Steven Pinker, os dois motores da linguagem seriam a memorização das palavras e a combinação de pedaços de palavras de acordo com as regras.
 "A linguagem é uma janela para a natureza humana, que expõe características profundas e universais de nossos pensamentos e sentimentos. Os pensamentos e sentimentos não podem ser equacionados aos sentimentos propriamente ditos". O material do pensamento -Steven Pinker
 Apesar de todas as potencialidades da linguagem, parece que existem áreas nas quais a ela é inapropriada ou insuficiente. A linguagem não dá conta de tudo o que queremos transmitir. A idéia de incomunicabilidade pode assustar, e desse sentimento compartilham os deficientes.
Surdos, cegos, mudos e afásicos são compelidos a desenvolver linguagens específicas. Para superar suas dificuldades comunicacionais, eles criam e recriam códigos. São novas formas de ver e ler o mundo, de senti-lo, por exemplo, na palma de suas mãos.
A aquisição da linguagem pela criança surda
 Crianças surdas filhas de pais surdos, têm a oportunidade de acesso a uma língua de sinais em iguais condições ao acesso que as crianças ouvintes naturalmente têm em uma língua oral-auditiva. Frisa-se a palavra "oportunidade" porque representam apenas 5% das crianças surdas, ou seja, 95% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes, os quais, quase sempre, não dominam uma língua de sinais
 O domínio progressivo das habilidades de uso da linguagem é um fator decisivo no desenvolvimento psicológico geral, ao mesmo tempo que é difícil explicar a evolução da linguagem em relacioná-la ao meio social e à capacidade intelectual.
 O que impulsiona o desenvolvimento lingüístico?
 Por que e como aprendemos a usar produtiva e compreensivamente a linguagem?
Na Criança Ouvinte
Os dois primeiros anos de vida
Experiência social e desenvolvimento cognitivo
 Relação diática adulto-bebê;
 Formatos de interação;
 Atribuições otimizadoras;
 Acesso a convencionalidade;
 Inteligência sensório-motora;
 Primeiras representações simbólicas
Aquisição e desenvolvimento da linguagem
 Comunicação pré-lingüística. Balbucio (4-9 meses)
 Primeiras palavras
 Combinação de duas palavras(1a 6m).
 Primeiras flexões;
 Hiper-regularizações;
 Primeiras preposições, artigos e possessivos
Dos 2 aos 4 anos
Experiência social e desenvolvimento cognitivo
 Família e irmãos;
 Imitação, Jogo simbólico;
 Inteligência pré-operatória (pré-conceitual)
 Sincretismo e egocentrismo cognitivo;
 Relações espaço-temporais básicas.
Aquisição e desenvolvimento da linguagem
 Esforços para melhorar a compreesibilidade.
 Repertório fonético quase completo (4 anos)
 O léxico cresce duplicando-se a cada ano;
 Frases de três ou quatro elementos lingüísticos;(2 anos)
 Domínio das orações simples;(4 anos)
Dos 4 aos 7 anos
Experiência social e desenvolvimento cognitivo
 Pré-escola e escola;
 Interações com os iguais;
 Especialização e ajuste psicomotor fino;
 Inteligencia pré-operatória (intuitiva);
 Descentração. Mediação. Auto-regulação.
 Acesso as operações concretas
Aquisição e desenvolvimento da linguagem
 Produções mais claras e compreensivas
 Dominio do repertório fonetico (7 anos)
 Aumenta o vacabulário, seu significado enriquece.
 Uso mais correto das flexões;
 Acesso à linguagem escrita
Na Criança Surda
Período pré-lingüístico
 Se estende do nascimento ao início dos primeiros sinais;
 Balbucio  fenômeno que ocorre em todos os bebês, surdos e ouvintes; manifestada não apenas por meio de sons, mas também através de sinais.
 Duas formas de balbucio manual: o balbucio manual silábico e a gesticulação.
 Os bebês surdos e os bebês ouvintes apresentam os dois tipos de balbucio até um determinado estágio e desenvolvem o balbucio da sua modalidade.
 As vocalizações são interrompidas nos bebês surdos assim como as produções manuais são interrompidas nos bebês ouvintes.
As semelhanças constatadas na sistematização das duas formas de balbuciar sugerem a existência no ser humano de uma capacidade lingüística inata que sustenta a aquisição da linguagem independentemente da modalidade da língua
 A percepção visual é de extrema relevância no desenvolvimento da criança surda.
 O bebê surdo com a atenção visual voltada para a face do interlocutor, capta indícios sutis no rosto que lhe servirão para atribuir significado aos sinais de sua língua. O uso de expressões faciais, a repetição de sinais e a utilização de movimentos mais lentos e amplos na articulação dos sinais são estratégias utilizadas pelos pais para atraírem a atenção visual dos bebês surdos.
Estágio de um sinal
 Começa por volta dos 12 meses da criança surda até os 2 anos de idade;
 Petitto argumenta que a criança simplesmente produz gestos que diferem dos sinais produzidos por volta dos 14 meses, classificando tal produção gestual como pertencente ao balbucio, do período pré-lingüístico.
Estágio das primeiras combinações
 Surgem por volta dos 2 anos nas crianças surdas;
 As crianças começam a usar o sistema pronominal, porém de maneira inconsistente. Ocorrem 'erros' de reversão pronominal, exatamente como acontece com crianças ouvintes. As crianças utilizam a apontação direcionada ao receptor para se referirem a si mesmas. Contudo, esse tipo de erro e a evitação do uso dos pronomes do estágio anterior são fenômenos diretamente relacionados com o processo de aquisição da linguagem.
Estágio das múltiplas combinações
 Por volta dos 2 anos e meio a 3 anos, as crianças surdas apresentam a “explosão do vocabulário”. Começam a ocorrer as chamadas distinções derivacionais (a diferenciação entre CADEIRA e SENTAR, por exemplo).
 A criança surda ainda não utiliza os pronomes para referir-se aos objetos e às pessoas que não estejam presentes fisicamente. Usa substantivos não associados com pontos no espaço.
 Dos 3 anos em diante, passa-se à utilização do sistema pronominal com referentes ausentes no contexto do discurso. Contudo, ainda registram-se erros. De 3 anos a 3 anos e meio, as crianças usam a concordância verbal com referentes presentes. Não obstante, flexionam alguns verbos de forma inadequada nas línguas de sinais, num fenômeno análogo a generalizações verbais como 'fazi', 'sabo' e ‘gosti’ na língua portuguesa.
 Por volta dos 4 anos, a concordância verbal ainda não é praticada adequadamente. Somente entre 5 e 6 anos, as crianças tornam-se capazes de flexionar os verbos corretamente. Pode-se concluir que o processo de aquisição da língua de sinais pelas crianças surdas ocorre num período análogo à aquisição da língua oral-auditiva em crianças ouvintes.
Aprendizado, pelos surdos, da língua portuguesa escrita