quarta-feira, 8 de junho de 2011

Resenha crítica do livro de Marcos Bagno - “ Pesquisa na escola, o que é, como se faz”

O livro é super interessante, é como se fosse um manual para nos guiar, nos orientar de como se faz a pesquisa. A linguagem é clara, de fácil entendimento, no início quando a gente olha pensa nossa são muitas páginas, mas quando a gente começa a ler, a gente lê rapidinho, pois a leitura é gostosa.
Bagno incentiva a pesquisa, e é isso que nós devemos fazer, incentivar a pesquisa para com os nossos alunos. O autor também dá algumas dicas de como pesquisar, usando alguns recursos de tirar cópia do texto, para não estragar o livro ao invés de rabisca-lo, usar de referências atualizadas.
Uma colocação geniosa do autor “Ensinar a aprender, orientar, esse é o papel do professor segundo Bagno, “ ensinar a aprender mostrar os caminhos, mas também orientar o aluno para que desenvolva um olhar crítico, que lhe permita desviar-se das “ bombas “ e reconhecer, em meio ao labirinto, as trilhas que conduzem as verdadeiras fontes de informação e conhecimento.” Ainda segundo o autor os professores estão desorientados, nós temos que despertar o interesse de nossos alunos. O ato de ensinar a aprender deve ser divertido. Essa frase infelizmente condiz com a nossa realidade educacional.
Uma parte que gostei foi que ele fez propaganda da Enciclopédia Britânica, da TV Cultura ( SP), da Superinteressante, do Discovery Channel entre outros. Ele nos deu aqui uma orientação entre aspas das melhores fontes de pesquisa.
Outro item interessante é quando Bagno consegue expressar a dificuldade que é ensinar a Lingua Portuguesa, e dá como exemplo o uso da crase, que muitos de nós professores usamos de macetes, pois sabemos que ainda hoje o português é um bicho de sete cabeças como diz Bagno, ainda é um fantasma, porque estamos sempre decorando regras e mais regras.
Bagno foi perspicaz quando disse que tem que diminuir a distância entre escola, comunidade, pois acredito que é necessária uma interação, para haver equilíbro.
Outra informação relevante para nosso conhecimento tirada do livro que me chamou muita atenão:: “ São estatísticas publicadas pela ONU, pela UNESCO, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, e que só vem comprovar uma triste realidade: no Brasil, desde 1500, o poder sempre existiu para apoiar e favorecer as classes privilegiadas . O Estado brasileiro é refém da minoria rica, que dá as cartas em todos as áreas sociais importantes. Aqui temos uma ínfima parcela que vive em padrões melhores que os do Primeiro Mundo, enquanto uma imensa maioria sofre miséria pior que a de alguns dos países mais pobres do planeta. Estudando a história do nosso poder legislativo vemos com dificuldade que sempre houve e ainda há para se arrancar dele uma lei que facilite a vida das amplas camadas desfavorecidas da população. Fica bem mais fácil entender, assim, a situação da escola pública brasileira, entregue à mesma sorte infeliz de outros serviços fundamentais que é dever do Estado oferecer a seus cidadãos, de quem ele cobra tanto e a quem oferece tão pouco”

Finalizando o autor cita a mitologia de Procusto que representa a intolerância do homem em relação ao seu semelhante. O mito já foi bastante usado como metáfora para criticar tentativas de imposição de um padrão em váras áreas do conhecimento, como na economia, política, história, na ciência , na administração e principalmente na área educacional. Na mitologia grega, um gigante chamado Procusto convidava pessoas para passarem a noite em sua cama de ferro. Mas havia uma armadilha nesta hospitalidade: ele insistia que os visitantes coubessem, com perfeição, na cama. Se eram muito baixos, ele os esticava; se eram altos, cortava suas pernas. Concordo , nós como pedagogos não podemos ser intolerantes, temos que respeitar o próximo.

Recomendo a todos a leitura desse livro que me abriu os olhos e acrescentou algo a mais na minha vida.

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